O azeite da viúva

 

Este texto é um dos mais conhecidos da Bíblia na área da prosperidade mas aqui existe alguns princípios que devemos nos nortear vejamos:

Esta mulher desamparada pela morte do marido pelas dívidas contraídas pelo mesmo a primeira ação dela foi procurar o profeta, a pergunta que devemos nos fazer é com quem estamos nos aconselhando? A quem recorremos primeiro? Infelizmente muitas pessoas perguntam ao colega, consultam o vizinho, confiam até a morte em seu médico deixando Deus em último lugar ou nem mesmo lembrando-se dele.

Outra coisa que devemos entender que este homem fazia parte da escola de profetas era também um homem de Deus, trocando em miúdos: Homem de Deus também tem problemas financeiros nem está isento deles, mesmo que não fique por muito tempo atrelado aos mesmos.

No versículo 3 nos é mostrado algo incrível ele diz: ...vasilhas vazias, não poucas.

Deus só pode encher algo que está vazio, nunca vai colocar alguma coisa no local que já esta sendo preenchido, aos orgulhosos que já sabem tudo, não se lhe será dado conhecimento algum. Quanto as não poucas percebemos duas coisas aqui: que não devemos limitar Deus porque não poucas é algo vaga numericamente falando pode ria ser dez, cem, mil, um bilhão, um trilhão, o profeta quando recomendou não estipulou porque (segunda coisa) basear-se-ia através da fé daquela mulher, quantas vasilhas aquela mulher teria fé para emprestar? E quantos ela pegou não sabemos.

Para finalizar queria só mostrar mais algo nesta passagem no final do versículo seis é registrado:

O azeite parou. Por que parou? Porque Deus vai nos dá apenas naquilo que nós o limitamos, só teremos o quanto foi semeado por nós e mais outro detalhe: Deus pode não nos dá o que pedimos, mas com certeza absoluta, Deus vai nos dá aquilo que precisamos. O azeite recolhido por aquela mulher foi tanto (mesmo que poderia ser muito mais) deu para pagar a dívida e ainda viver do resto (ainda que na minha opinião ela e seus filhos usufruíram apenas por algum tempo)

 

 Por que as coisas vão mal? – Ageu 1.1-11

 

Tem dias que parece que nada dá certo, não é? Acorda atrasado para ir para o trabalho, vai tomar banho e o chuveiro estraga, vai passar roupa e o telefone toca no mesmo instante, esquece o ferro de passar na roupa e a camisa queima. Quando consegue sair de casa e entrar no carro, você consegue andar uns 30 metros e o que acontece… o pneu fura!

Num momento desses a expressão que rodeia nossas mentes é: POR QUÊ? Por que comigo? Por que agora?

Afinal, ninguém quer passar por sofrimentos. O próprio Senhor Jesus pediu ao Pai: “Aba, Pai, tudo te é possível; passa de mim este cálice; contudo, não seja o que eu quero, e sim o que tu queres.” (Marcos 14.36).

De fato, ninguém quer passar por sofrimentos (a não ser que seja masoquista), ninguém quer ter problemas. Pergunte a qualquer pessoa na rua qual o maior desejo dela. Possivelmente ela vai dizer: “Eu quero ser feliz, não ter problemas” e sairá cantando “Viver e não ter a vergonha de ser feliz…”

O povo de Deus no Antigo Testamento estava passando por um momento de sofrimento, nada dava certo, o alimento não fartava, a bebida não saciava, o dinheiro não dava pra nada, e eles pareciam que não enxergavam isso. O profeta Ageu é quem nos conta esse fato no texto citado acima, e neste texto nós podemos perceber porque passamos por certos sofrimentos. Afinal, por que as coisas vão mal? Vejamos:

 

1º. Porque não priorizamos o Reino de Deus: Deus tem ficado em segundo plano muitas vezes. Qualquer coisa tem sido mais importante do que Deus e Seu Reino. O povo de Deus simplesmente deixou a reconstrução do templo de lado e foi cuidar de suas vidas. É claro que devemos nos preocupar com nossas famílias, com as nossas coisas, mas isso não pode tomar o lugar de Deus! O grave problema em não tratar Deus como prioridade é a idolatria. Toda vez que colocamos algo no lugar de Deus estamos praticando idolatria. Se colocamos a família no lugar de Deus, nosso ídolo é a família, e por aí vai…

Jesus afirma que Ele nos amou primeiro: “Não fostes vós que me escolhestes a mim; pelo contrário, eu vos escolhi a vós outros e vos designei para que vades e deis fruto, e o vosso fruto permaneça; a fim de que tudo quanto pedirdes ao Pai em meu nome, ele vo-lo conceda.” (João 15.16).

Deus nos colocou como prioridade! Mesmo não sendo merecedores, Ele age soberanamente providenciando a salvação dos Seus. Ele nos colocou em primeiro lugar, e qual tem sido nossa resposta? “Ah! Deixa pra depois…”

O Reino precisa ser prioridade para nós! Não podemos deixar pra depois, a hora é agora! Jesus quer discípulos, quer seguidores, e não simplesmente ‘crentes’. Ser ‘crente’ é muito fácil, ser discípulo exige renúncia, exige desapego, exige disposição!

Somente quando estivermos prontos para renunciar nossas coisas, nossas vidas, e priorizarmos o Reino de Deus, aí sim, poderemos ser chamados de discípulos.

 

2º. Porque Somos Ingratos: o texto diz: “Considerai o vosso passado…” (Ageu 1.5,7). Pensemos, em primeiro lugar sobre o passado do povo naquele contexto.

Eles haviam sido libertos a pouco do cativeiro, e haviam sido levados cativos pelo juízo de Deus, pois não O haviam honrado. Após um longo tempo cativos, Deus os liberta, num primeiro momento eles se mostraram dispostos à obra de Deus, reconstruíram os muros em 52 dias! Muita disposição, muito ânimo, mas isso não durou muito tempo. Começaram a reconstruir o templo, mas na primeira oposição desistiram da obra e foram cuidar de suas “casas apaineladas”.

Interessante, Deus os liberta de um cativeiro terrível, e o povo, ingrato, retribui deixando a Casa de Deus em ruínas.

Pedimos muito a Deus alguma coisa, e quando Deus nos concede aquilo que pedimos, achamos que aconteceu por nossos esforços, achamos que Deus não teve nada a ver com isso. “Mérito meu!”. Será?

Agora vamos pensar um pouco sobre a nossa ingratidão. Sim! Ela existe.

Consideremos o nosso passado, um passado sem Cristo, sem chances, sem esperança. Antes de sermos alcançados pela graça éramos MORTOS! “Mas Deus, sendo rico em misericórdia, por causa do grande amor com que nos amou, e estando nós mortos em nossos delitos, nos deu vida juntamente com Cristo, — pela graça sois salvos, e, juntamente com ele, nos ressuscitou, e nos fez assentar nos lugares celestiais em Cristo Jesus; para mostrar, nos séculos vindouros, a suprema riqueza da sua graça, em bondade para conosco, em Cristo Jesus.” (Efésios 2.4-7).

Deus, em seu infinito amor, decide (sem ter nenhuma obrigação disso), salvar seres de uma raça corrupta, pecadora, que não merecia nada além do inferno. E a pergunta que fica é: o que temos feito do sacrifício de Cristo? Como temos agido diante de Deus, um Deus amoroso, misericordioso, que nos salva e nos liberta?

Precisamos sempre rememorar, relembrar e agradecer a Deus por sua graça, seu poder, seu amor, e viver uma vida que comprove essa gratidão! Há um provérbio chinês que diz “Aqueles que bebem a água devem lembrar-se daqueles que cavaram a fonte”. Precisamos ter sempre em mente o sacrifício que Cristo fez por nós. Devemos honrar e agradecer por isso, afinal, a criação não custou nada para Deus, mas a nossa salvação custou a vida de Seu Filho!

 

3º. Porque não somos fiéis a Deus: Deus quer a nossa fidelidade incondicional! Muitas vezes dizemos “Ah! Isso é o mínimo que posso fazer na igreja…”. O mínimo não é o suficiente! Deus quer o nosso máximo, o nosso melhor, as primícias da nossa obra, e não os restos.

Nós fomos feitos à imagem e semelhança de Deus, e, como Deus é fiel, precisamos refletir essa fidelidade! Temos o hábito de dizer: “Deus é fiel!”, mas e nós? Temos correspondido a essa fidelidade?

O teólogo Arthur Pink disse: “A infidelidade é um dos pecados mais proeminentes nestes dias maus.”. Essa nossa infidelidade acarreta muitos problemas em nossas vidas, deixamos de ser abençoados, e corremos o sério risco de recebermos o juízo de Deus.

Um soldado que não é fiel ao seu comandante certamente perece na guerra. Na vida cristã não é diferente. Precisamos ser fiéis ao nosso Comandante, nosso Eterno General! Ele sabe o que é melhor para nós, seus mandamentos não são impossíveis de serem cumpridos por seus filhos, Ele não nos dá fardo maior do que podemos suportar.

Jesus exortou à igreja de Esmirna que se mantivesse fiel, mesmo que isso lhe custasse à vida (Apocalipse 2.10), Ele quer essa fidelidade de nós!

Existem sofrimentos que passamos porque temos que enfrenta-los, são as provações, e estes sofrimentos servem para nos aperfeiçoar. Porém, existem sofrimentos que são frutos das nossas escolhas, passamos por estes sofrimentos pelas más escolhas que fazemos, pela nossa desobediência, pela nossa ingratidão, pela nossa infidelidade.

Neste texto podemos notar um povo que não tinha as prioridades corretas, era ingrato e infiel. Devemos andar na contramão disso, viver uma vida em que Deus seja nossa prioridade, uma vida de gratidão em todo tempo, uma vida de fidelidade até a morte.

Que possamos corrigir nossas falhas, aprender com os erros do passado e não voltar a repeti-los, e fazer o que Deus quer de nós, conforme registra o profeta Miquéias: “Ele te declarou, ó homem, o que é bom e que é o que o SENHOR pede de ti: que pratiques a justiça, e ames a misericórdia, e andes humildemente com o teu Deus.” (Miquéias 6.8).


Transcrito de Arthur Corrêa